quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

ENTREVISTA: CRIATÓRIO DE CURIÓS TERRA BOA

FOTO: Parte das fêmeas se aprontando para galar em um dos cômodos. Como o criador diz: "simples mas faz !"




Caros leitores, hoje iremos apresentar a vocês a entrevista com o Criador Márcio Fabiano Chiare do Criatório de CurióTerra Boa, que fica localizado em cidade do mesmo nome no noroeste do Paraná. Para já mexer com vcs, salientamos que o Márcio é o criador do Curió Professor que nesta última temporada de 2009 foi o Campeão Brasileiro no Praia Grande Clássico Com Repetição, e Campeão do Torneio dos Campeões na mesma categoria, tendo sido considerado a sensação da temporada passada. Confira a entrevista abaixo.



CC&T - Quando começou a criar ? Iniciou logo com curiós ou não ? É criador amadorista ou comercial ? Há quanto tempo ?


MC - Desde criança eu crio passarinho , mas de pequeno sempre criei canários do reino , porém de 2000 para cá mais ou menos, começei a gostar de criar bicudos, mas não durou muito, coisa de 3 anos. Em 2004 formei um pequeno plantel de curiós, aonde não obtive muito resultado. Acabei com tudo e recomecei a montar meu plantel. Uma feminha aqui , outra lá, um galador aqui, outro lá e montei meu plantel que, de 2005 pra cá, vem me dando muitas alegrias, com curiós de qualidades todo ano, alguns filhotes se destacam, graças à Deus ( e ao trabalho de criação , que não é fácil ). Hoje sou criador amadorista de curió , devidamente registrado no IBAMA, dentro de todas as suas normas.


CC&T - Descreva para nós como é a estrutura do seu criadouro/criatório, no que diz respeito a compartimentos da criação, ou seja às suas instalações propriamente ditas ?


MC - Meu criatório dispõe de uma sala para caixas acústicas, aonde eu guardo meus galadores. Um outro ambiente para fêmeas acasalando e outro, para as fêmeas chocando, mesmo assim, eu trato manualmente os filhotes, retirando aqui do ambiente eles, com 5/6 dias de vida e levando em outro local, para serem criados, ouvindo somente 100% o CD selo prata 30 anos , Master ( como chamamos por aqui)


CC&T - O seu plantel é formado por quantas fêmeas e machos?


MC - Meu plantel cresceu um há pouco de dois anos pra cá, mas mesmo hoje não é grande, tendo 28 fêmeas( matrizes) e 7 machos ( galadores), num total de 35 pássaros.


CC&T - Geneticamente falando, qual a base da raça com que trabalha?


MC - Minha genética consiste basicamente de MONTE NEGRO, ENCRENCA, SOBERANO, GAIOLA PRETA, PRATA, BIGODINHO, TULIPA, ARAGUAIA, KALIPSO, VIOLINHA, e atualmente adquiri uma fêmea e um macho da raça CANARINHO. Basicamente é isso, essas genéticas se misturando nos cruzamentos estão dando bons resultados.


CC&T - A sua criação é voltada exclusivamente ou não para curiós Praia Grande Clássico?


MC - Sim, exclusivamente para o canto Praia Grande Clássico, particularmente para o selo prata 30 anos. Gosto demais da cantoria do Selo PRATA....( nunca desfazendo de outros selos ), mas apenas questão de gosto pessoal mesmo.


CC&T - Conte para nós como se dá o seu trabalho de vetorização de canto, englobando a questão de CD, ambiente, falante e o manejo propriamente dito?


MC - O trabalho se da a partir do 5º ou 6º dia de vida, pois separos os filhotes e crio manualmente ouvindo certamente 100 % o canto do CD, Selo Prata 30 anos, pois são criados em caixas acusticas em uma outra casa, totalmente protegido de galadores e/ou outros indesejáveis pássaros que podem atrapalhar nosso trabalho. O Ambiente é totalmente acústico, pois dali saem para seus futuros mantenedores/proprietários. O falante que uso em todo meu criatório é um falante de papelão bem simples de 6 polegadas. A partir dos 45 dias estão comendo firme, podendo assim já ir para seu futuro mantenedor/ dono.


CC&T - O desmame vc costuma realizar com que idade do filhote ?

MC - Geralmente, filhotes criados manualmente demoram um pouco mais para comerem sozinhos, mas certamente depois de 40 dias estão quase prontos para o desmame , acreditando eu que 45 dias é o ideal para desmamar eles, pois já saberam comer perfeitamente.


CC&T - Quando normalmente vc começa e para de criar a cada temporada ?


MC - Aqui no Paraná geralmente o clima é mais friu, me fazendo optar em criar um pouco mais tarde. Começo geralmente em novembro e vou até fevereiro .


CC&T - Nos diga algumas de suas principais fêmeas e galadores, bem como se possível as suas ascendências ?


MC - Tenho a irmã de ninho do curió PROFESSOR - Campeão brasileiro e do Torneio dos campeões - , tenho sete fêmeas irmãs, tenho em especial fêmea PRATA e PÉROLA, que junto com as irmãs do professor, estão dando bons resultados. E uma filha do Campeão do Sul Fº que deu bons pardos já, de boa qualidade de canto. Meus Galadores são da raça Monte negro / encrenca / cujo 2 deles são irmãs também do PROFESSOR pela Mãe , que morreu neste ano de 2009.


CC&T - Tem algum curió da sua criação que já tenha sido revelação ? Em caso positivo cite para nós o seu nome, genética e eventual conquista ?


MC - Sim , este ano posso citar 6, o curió do badal, http://www.youtube.com/watch?v=LtooOYbewaQ (Pardo), o Curió PROFESSOR ( Campeão Brasileiro c/ Repetição e Campeão do Torneio dos Campeãoes 2009 ) ( PRETO) http://www.youtube.com/watch?v=wQTnPK8zkgU&feature=player_embedded. O Curió do Dr Afonso ( Barretos ) junto com o badal, dando bom encaminhamento nos meus pardos ( sem filmagem ). O Curió do Cesar (Pardo) que hoje esta com o Junior de Cascavel (sem filmagens). O curió do Gilberto Nazário de Curitiba (Pardo), filho de um irmão do PROFESSOR (sem filmagens) e um pardo que esta aqui comigo, muito firme de notas, andamento muito bão, rico em batidas, porém passa de 3 / 4 samaritás, eventualmente ultrapassa isso. Devo usá-lo como mestre esse ano, por último há um Pardo, também irmão do PROFESSOR que está em Telemaco Borba com o nosso amigo Levi Oisiovici, que está virando para preto agora que canta impecavelmente, além de ser arremetador de canto, passando 2/3 samaritás.


CC&T - Como criador regularmente cadastrado no IBAMA, seja amadorista ou comercial, mas preservacionista por excelência, vc tem enfrentado algum tipo de problema no relacionamento com a Autarquia ?


MC - Sou criador amador, como disse antes, porem nunca tive problemas com o IBAMA. Procuro sempre andar dentro das normas da entidade e nunca tive nada, nenhuma dor de cabeça que seja, com o IBAMA, acho até que o trabalho do IBAMA esta sendo bem feito, pois dentro do possível deles tem que fiscalizar mesmo. Tem que dar valor aos CRIADORES e repreender os CAÇADORES.


CC&T - O que pode sugerir para aqueles que estão começando ou pretendendo começar a criar curiós?


MC - Que sempre procure no início de uma criação matrizes de qualidades desejadas como REPETIÇÂO, BOA VOZ, ANDAMENTO, ENCARTE (que às vezes não é fácil), mas se pegar matrizes que já deu resultado ou irmãs ou irmãos de curiós que tem essas qualidades será mais fácil o caminho como criador, no quesito resultado. OBS: Começar com pouco, pois quantidade não é qualidade. É mais fácil obter qualidade com poucos pássaros, pois o cuidado se torna melhor. Você dará mais atenção ao filhote no aprendizado. Volume de filhotes às vezes atrapalha ( Opinião Minha ) sempre respeitando as opiniões dos leitores.



CC&T - Quais são as suas últimas palavras que gostaria de dizer para os nossos leitores ?


MC - Que comece com muito AMOR e CARINHO com os Curiós, pois o manejo e trabalho não é fácil, precisa se dedicar bastante para obter os resultados desejados, e nem sempre são alcançados logo de inicio, por isso digo sempre, curió é uma caixinha de surpresa. Não tem receita, nada, só paixão e dedicação mesmo, cuidando com Amor e um bom trabalho, com certeza bons clássicos virão !



Um forte abraço a todos !


Márcio Chiare









quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

AGRADECIMENTO ESPECIAL



Caros leitores, gostaríamos de público fazer um agradecimento especial a Dra. Bernardette de Lourdes Della Bernardina, Médica Veterinária, proprietária da Clínica Bello Cão, localizada na acolhedora cidade de Araguari/MG, por ter durante toda a temporada de 2009 nos dado apoio e suporte para que pudéssemos percorrer os torneios do campeonato brasileiro, a partir de Jundiaí/SP, com o Curió Pardo Medalha que nos agraciou ao final com o título de Vice-Campeão Brasileiro no Pardo Praia Grande Clássico Sem Repetição, há dois pontos do campeão, depois de terem cancelado ao final duas etapas.



Dra. Bernardette, o nosso MUITO OBRIGADO !

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

ANIMAIS SILVESTRES APREENDIDOS MORREM SOB OS CUIDADOS DO IBAMA


FONTE: Correio Brasiliense de 18.01.2010


Mil e quatrocentos canários-da-terra deixaram Mato Grosso do Sul, em setembro do ano passado, presos em pequenas caixas colocadas sob os bancos de duas camionetes. Mas, antes que traficantes de animais pudessem embarcar as aves em um avião com destino a Portugal, os criminosos foram presos e os pássaros foram apreendidos pela Polícia Rodoviária Federal no Distrito Federal.


Entretanto, pelo menos mil deles acabaram morrendo pela falta de estrutura do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para recuperar e devolver os espécimes à natureza. Faltou até milho para alimentá-los.


A representação do Ibama em Mato Grosso do Sul não aceitou os animais de volta sem a devida reabilitação. E, mesmo que o órgão estadual os aceitasse, não haveria recursos para financiar o transporte.


O incidente resultou na abertura de um processo interno no Ibama para apurar as responsabilidades pelas perdas.


O instituto também recebeu um memorando com o relatório de problemas estruturais do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do DF.


Na rota do tráfico de animais silvestres que parte das regiões Nordeste e Centro-Oeste com destino ao Sudeste, o Distrito Federal tinha, no ano passado, condições de receber 3 mil animais, mas acolheu quase o dobro.

Em março de 2009, a PF apreendeu em Brasília araras que seriam enviadas à EuropaCom o volume de apreensões, é preciso soltar os bichos a uma velocidade maior. Dessa forma, as instalações ficam superlotadas, e muitas vezes não há condições de oferecer o tratamento necessário para devolver as espécies ao habitat natural, já que os animais não podem ser devolvidos à natureza antes de passar por um período de readaptação.


O Cetas-DF tentou enviar os exemplares de canários ao Mato Grosso do Sul porque há poucas áreas de soltura no DF. Praticamente todas são unidades de preservação, áreas de proteção ambiental. E o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade não autoriza a soltura de animais nessas áreas sem que sejam atendidos todos os protocolos sanitários, pois espécimes doentes podem disseminar enfermidades.


O Ibama, no entanto, não tem condições de cumprir todos os protocolos que o instituto exige. Não há dinheiro para realizar exames nem para identificar os animais para monitorá-los posteriormente. Apenas a identificação custa R$ 5 por animal. Outros gastos envolvem alimentação, medicamentos e transporte. O Cetas-DF gasta, por ano, R$ 40 mil com alimentos e R$ 20 mil com medicamentos.



Contingente Por ano, o Cetas-DF acolhe cerca de 4,5 mil pássaros, de 500 a mil papagaios, e 500 serpentes. Para cuidar desse contingente, conta apenas com um biólogo, uma veterinária, dois tratadores e 10 estagiários que fazem trabalho voluntário. A equipe é reduzida, mas as apreensões não param de aumentar a cada ano. A maior parte dos animais que chegam ao centro de triagem são encontrados em residências. No DF, muitas apreensões também são feitas em feiras populares, especialmente em cidades próximas de Brasília, como Ceilândia. A reportagem procurou o Ibama na última sexta-feira mas, até o fechamento desta edição, o órgão não havia se manifestado.

Gaiolas abertas


Entrada de animais nos centros de triagem do Brasil:


Ano - Número


2002 - 44.384


2003 - 45.641


2004 - 24.617


2005 - 43.860


2006 - 34.229


2007 - 31.519


2008 - 63.795


2009 - não consolidado Média por ano - 41.000


Fonte: Ibama

domingo, 24 de janeiro de 2010

MANEJO PARA TORNEIOS DE CANTO - PARTE 2

Foto: Curió MuralhaFONTE: PÊCEGO. A.J. Revista Passarinherios & Cia. nº 52

Olá meus amigos, estamos aí de volta como prometido na última edição 51, para darmos continuidade ao interessante e importante assunto sobre manejo a ser utilizado no transporte de passeriformes competidores ou não, e suas variantes. Na referida edição anterior, fechamos à matéria falando que é o expositor e o passeriforme em viagem, os ocupantes mais importantes do veículo, mas deixei de tratar de outra parte importante a ser considerada nas viagens de carro. Nelas, é recomendável que você pare o seu veículo a cada 02h00min de viagem, no máximo a cada 02h30min, pelo tempo de 20’ à 30’ para que o passeriforme possa comer mais sossegado e, principalmente, beber água. Se estiver muito fogoso, o que é normal ocorrer porque as viagens excitam os passeriformes em face do balanço e barulho, seja do vento ou do rádio, é salutar deixar que cante fora do carro, digamos, numa meia-capa por uns 10’ no máximo, dentro do tempo acima, para que possa extravasar todo o travamento de canto porque está passando, possibilitando que relaxe para enfrentar a continuidade da viagem.

Já que falamos sobre a necessidade deles beberem água, agora entramos pelo campo da necessidade de se manter o passeriforme hidratado durante a viagem, bem como fortalecido e com combustível energético suficiente para amenizar o estresse e a natural baixa na imunidade.

Nessa seara, recomendamos a utilização de produtos veterinários existentes no mercado que possam fazer essas funções. Ao escolher o produto, tenha em mente a necessidade de possuir em sua composição um Complexo de Vitamina B e Aminoácidos, assim como Vitamina C (energético) e sais minerais como sódio e potássio (eletrolíticos importantes na rápida recuperação física), seguindo à risca a posologia do fabricante.

Se você viaja todo sábado da temporada de cada ano que, em regra, se inicia em final de agosto ou início de setembro e vai até meados de dezembro, sugiro que na sexta-feira já forneça o hidratante e desestressante na água, permaneça no sábado e domingo de viagem, com a última aplicação na segunda-feira já em casa, permanecendo na água pura (filtrada ou mineral) nas terças, quartas e quintas-feiras.

Não fique preocupado com o fígado do seu passeriforme por duas razões básicas: 1) Vitaminas B e C são hidrossolúveis; 2) Complexos de Aminoácidos, em regra, têm a colina que é um protetor hepático. Assim, só se preocupe com o fornecimento em excesso das vitaminas lipossolúveis (A, E, D, K) porque elas ficam retidas no organismo quando fornecidas além das necessidades, pois as hidrossolúveis quando em excesso são eliminadas pela urina que sai junto com as fezes nos passeriformes.

Bom, chegando ao local de destino (torneio), se você é expositor de passeriformes de canto individual e clássico, procure se hospedar em hotel que não haja outro expositor, ou então naquele que amigos com passeriformes de igual qualidade irão se hospedar, mas sempre se lembrando que o som se propaga de baixo para cima e que o ideal, para não deixar um eventual repetidor nervoso para o dia seguinte do torneio, que não haja vizinhos com pássaros cantando no ouvido do teu, ou seja, que do seu quarto não escute outro cantando. Se não tiver jeito, ligue a TV ou o rádio do quarto na tentativa de abafar o canto indesejado.

Procure deixar que ele cante um pouco, repita-se, para desestressar da viagem e do seu natural travamento, lembrando-se de administrar a “máquina” para não gastar o combustível necessário para o dia seguinte na estaca dos 4’, 5’ ou mesmo de horas, como no canto coletivo (fibra). Em seguida, é salutar colocar uma banheira com água limpa para que ele possa renovar a energia por meio de um bom banho, seguido da imediata retirada da banheira e troca do papel de fundo. Banheira utilizada no fundo da gaiola, é foco de fezes e sujeira que se deposita na água que pode ser bebida indevidamente pelo passeriforme, possibilitando a ocorrência de doenças.

Lembre-se, penso ser de suma importância que o seu passeriforme seja tratado (troca de água, comida etc.) para o dia seguinte no final da tarde do dia anterior para, ao término, encapa-lo e deixar quieto em uma estaca ou local que tenha pouco movimento, mas de preferência, que tenha a claridade natural do entardecer e do amanhecer, sendo que a capa só será agora removida quando da apresentação na estaca. Há passeriforme que é muito territorialista, por isso mesmo, uma visita rápida à estaca do torneio antes do evento vejo com bons olhos, ainda que seja por poucas cantadas.

Deixado o competidor repousando e recuperando as energias para o dia seguinte lá no quarto do hotel, pousada, casa do amigo ou mesmo parentes, é de fundamental importância que o ingresso mais tarde da noite do expositor no recinto em que ele se encontra, se dê da forma mais silenciosa e tranqüila, mas firme, de forma a evitar ruídos estranhos que poderão levar a um susto com reflexos em uma noite mal dormida e uma apresentação comprometida no dia seguinte da estaca, por isso, o ideal é que ele fique em compartimento ou local que só seja visitado por você no dia seguinte ao clarear o dia, para isso um flat ou hotel residência são ótimos, embora mais caros, mas permitem que o expositor se isole no quarto com ar condicionado se quiser, sem que haja qualquer interferência na saúde do passeriforme que estará em compartimento separado, do contrário poderá sentir calor em estando no mesmo ambiente do passeriforme, salvo se o expositor for alérgico ou não gostar do ar refrigerado, no que se sentirá bem, utilizando-se, se necessário, de um ventilador direcionado.

No dia seguinte, o dia “D”, procure chegar cedo ao local do torneio para fazer um levantamento pessoal da área em que se encontra a estaca no canto individual, no coletivo, do próprio local em que se realizará o evento, colocando o seu veículo na sombra de uma árvore ou outro objeto, mas não se esqueça de estudar a possível trajetória do sol no dia do torneio, pois o sol mata o passeriforme que estiver trancado dentro do carro, bastando para isso não mais do que 30’ num sol quente, bem como a distância da estaca e respectiva proximidade com a categoria em que está competindo bastando para isso ncarro fechado ?)o, por favor, feche literalmente os vidros do seu carro que o seu passeriforme n qualquer .

Ah! Falando em trancado dentro do carro, por favor, feche literalmente os vidros do seu carro que o seu passeriforme não irá morrer (você morre se dormir num carro fechado?) e ligue um FM em razoável volume. Agindo assim, evita-se com isso que ele escute cantos indesejáveis, bem como se respeita os demais expositores que estão com seus passeriformes no carro ao lado do seu, mas claro que neste caso estou me referindo ao pessoal que gosta de um canto individual e clássico, sendo demonstração de inexperiência, grosseiro e mal visto não respeitar essa regra básica da boa convivência, uma vez que, no clássico, o passeriforme só deve ser retirado do veículo antes de sua apresentação, permitindo-se, estando distante, que um pouco antes, quando ainda o número anterior estiver se apresentando seja iniciado o manejo, todavia se deve travar para que não cante e atrapalhe o passeriforme que está se expondo. Lembre-se, regra básica, não faça com o próximo, o que não gostaria que fizesse consigo.

Uma dica que acho proveitosa, leve sempre um isopor com gelo nas viagens com uma rodela de pepino e outra de milho verde. No dia do torneio, deixe obviamente descongelar, colocando o pepino num copo com água potável na noite anterior e o milho verde retirando da geladeira do quarto do hotel logo ao despertar.

Se o seu passeriforme estiver muito calmo, pouco apresentador, diria que é salutar colocar à disposição antes de se iniciar o torneio o milho verde. Se estiver muito nervoso, penso, que o pepino além de hidratar tende a acalmar, tanto que na muda é muito utilizado não só por ser fonte de Vitamina A, mas também porque desde que era garoto usava quase que diariamente no (s) (as) coleiro (s) (as) para esfriar e ajudar a entrar na muda, o que os passarinheiros mais antigos afirmavam ser positivo e a experiência hodierna comprovou, mas de qualquer forma, uns cinco números antes da apresentação de seu passeriforme, de uma chegada ao veículo e retire da gaiola, é o que acho bom recomendar por experiência própria. NUNCA coloque o passeriforme na estaca com aquela comida que ele mais gosta (principalmente milho verde, capim navalha de macaco etc.), pois se corre o risco de ele comer ao invés de cantar nos 5’ de apresentação, no caso, da categoria do canto individual.

Apresentado o seu passeriforme, como já disse, se constata a desnecessidade de continuar apresentando ele onde quer que seja dentro do recinto de exposição, por isso, trate de logo guarda-lo dentro do carro e vá interagir com os amigos e desfrutar da diversão que é todo e qualquer torneio de pássaros de canto, aguardando o resultado, na esperança de vir a conquistar uma importante colocação, contudo, se mora longe, trate de pegar logo estrada de volta para, no máximo, pegar o anoitecer no carro chegando a casa, lembrando-se que, nesses casos, deve manter a luz interna e traseira acesa para que o seu pássaro-competidor possa viajar o menos estressado possível, de forma sempre a possibilitar no retorno para casa que ao chegar ele possa tomar outro banho para relaxar e recuperar de novo parte das energias perdidas. Ah ! O resultado ? Ligue para um amigo que ele lhe dará, lhe entregando no próximo torneio, se for o caso, o troféu que fez jus.

Os assuntos, como podem observar são por demais vastos e cheios de nuances que este espaço não permite navegar, mas de qualquer maneira espero ter colaborado de alguma forma com os amigos, esperando que venham a ter SUCESSO ! Forte abraço e até outra oportunidade.


quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

ENTREVISTA: CRIADOURO CURITIBA


Hoje, agora dando uma passada pelo sul do país, apresentamos aos amigos leitores a entrevista com o Criadouro Curitiba (http://www.criadourocuritiba.com.br/) do nosso amigo Clóvis Ferreira Tonissi, criador dedicado e curiozeiro expositor em torneios, além de ser credenciado Juiz de Canto de Curió Praia Grande pela Associação de Clubes de Curió Canto Praia.


O criadouro se localiza na capital do Paraná, em Curitiba, que é a sétima cidade mais populosa do Brasil e a maior do sul do país, registrando altos índices de educação e apresentando o menor índice de analfabetismo, com a melhor qualidade na educação básica entre as capitais, e tem ainda, o privilégio de abrigar a primeira universidade do Brasil, a Universidade Federal do Paraná, fundada em 1912, segundo a Wikipédia. Confira abaixo essa importante entrevista.


CC&T - Quando começou a criar? Iniciou logo com curiós ou não? É criador amadorista ou comercial? Há quanto tempo?

CT - Minha admiração por aves e principalmente por curiós, vem desde criança, por influência de meu pai. Em 1994, quando mudei de São Paulo/capital para Bauru/SP, resolvi retomar a atividade, freqüentando os torneios de curiós, a conhecer alguns criadores e iniciei a minha criação amadorista, desde então não parei mais. Passei a ser um entusiasta e aficcionado pelo canto Praia Grande Clássico e conseqüentemente um assíduo participante de torneios.


CC&T - Você gosta de participar de torneios?


CT - Sim, gosto muito, todos os anos sempre participo de várias etapas do PGC e felizmente sempre tive curiós competitivos, que foram: Majestade, Jet Set (pardo), Zidane, São José, Arpoador, Brilhante e atualmente o pardo Berimbau.

CC&T - Descreva para nós como é a estrutura do seu criadouro/criatório, no que diz respeito a compartimentos da criação, ou seja, às suas instalações propriamente ditas?


CT - Desde que criei o criadouro Curitiba, (www.criadourocuritiba.com.br) tenho utilizado ambientes separados e isolados acusticamente, onde ocorrem às diferentes fases da criação, todos com sonorização do canto Praia Grande Clássico.Os ambientes são:


• Local para as fêmeas solteiras e chocando.

• Local para as fêmeas com filhotes recém nascidos até a separação.

• Local para os filhotes machos, separados das mães e em processo de aprendizagem do canto Praia Grande Clássico.

• Local ou caixa acústica para galador.

O período de reprodução em Curitiba, normalmente ocorre de outubro a fevereiro.Os ambientes são dotados de ventilação, claridade natural, sonorização e higiene.


CC&T - O seu plantel é formado por quantas fêmeas e machos?


CT - Atualmente estou com 12 fêmeas e 2 galadores.


CC&T - Geneticamente falando, qual a base da raça com que trabalha?

CT - Desde que iniciei minha participação em torneios, sempre procurei conhecer e registrar as linhagens dos curiós que estavam se destacando e com isso, tirar conclusões para concentrar no meu plantel alguns exemplares dessas linhagens.

Utilizo como galadores os curiós Arpoador e Estaleiro, ambos PGC e de linhagens distintas.


O Arpoador é um curió de ótima voz e muito repetidor, faz com freqüência cantadas acima de 8 samaritás, tornou-se bem conhecido por ter participado de diversos torneios, inclusive sendo campeão regional em 2007. O destaque da linhagem dele é ter na 4º geração, linha paterna, os mesmos pais do curió Xérox (pai do famoso Solito).

O Estaleiro é filho e neto de curiós que foram campeões no Sul - Brasileiro, o Porto e o Paraná. É um curió repetidor, de ótima voz e em sua primeira geração já produziu um pardo com repetição. Essa linhagem está se consolidando aqui no sul, com as características de facilidade de aprendizagem e repetição.

Quanto às fêmeas, procurei diversificar as linhagens, desde que possuíssem em seus ascendentes, curiós que foram reconhecidamente ganhadores e importantes padreadores, tais como: Bugrinho (fêmeas Bugra, Iolita e Nevada), Dominique (fêmeas Prima Dona, Arroba e GP Tica), Gaiola Preta (fêmeas GP Alba e GP Tica), Porto (fêmeas Maré e Marina), Arpoador (fêmeas Safira e Mulan).

Sei que existem outras excelentes linhagens que estão sendo usadas com sucesso, mas não quero aumentar o meu plantel para não comprometer o manejo dos filhotes que tenho conseguido fazer.


CC&T - A sua criação é voltada exclusivamente ou não para curiós Praia Grande Clássico ?


CT - A minha criação é voltada exclusivamente ao curió Praia Grande Clássico e como sou participante de torneios de canto, conheço o nível de exigência que existe atualmente, portanto, procuro fazer tudo com muito rigor e dedicação para que os resultados sejam os melhores possíveis.



CC&T - Conte para nós como se dá o seu trabalho de vetorização de canto, englobando a questão de CD, ambiente, falante e o manejo propriamente dito ?


CT - Eu utilizo uma montagem de canto baseada no selo Ouro, que é reproduzido em todos os ambientes e caixas, tocando 20 x 50”. Os falantes são de amplo espectro, de 100 a 10000 hertz. Quando os filhotes atingem 5 dias, faço o anilhamento e mudo a fêmea para um local exclusivo só de filhotes até 30 dias.


CC&T - O desmame vc costuma realizar com que idade do filhote ?

CT - A partir dos 30 dias de vida do filhote.


CC&T - Quando normalmente vc começa e para de criar a cada temporada ?

CT - O período de reprodução em Curitiba, normalmente ocorre de outubro a fevereiro. Aqui em Curitiba tem-se que tomar muito cuidado com as rápidas quedas de temperatura que ocorrem com freqüência.


CC&T - Nos diga algumas de suas principais fêmeas e galadores, bem como se possível as suas ascendências ?

CT - Por ser um plantel pequeno, que montei visando concentrar algumas linhagens famosas, fica difícil de eu escolher, mas considero que as fêmeas Iolita e Bugra são destaques por serem descendentes do Bugrinho. Em termos de preferência pessoal, independente de linhagem, acredito muito na fêmea Mandala, por ser filha do curió Brilhante, que foi o meu melhor curió desde que iniciei.

Quanto ao galador, estou investindo no Arpoador, por ser um curió que conheço desde 2002 e reúne as qualidades de voz e repetição, que buscamos para um reprodutor, além de ser PGC.


CC&T - Tem algum curió da sua criação que já tenha sido revelação ? Em caso positivo cite para nós o seu nome, genética e eventual conquista ?

CT - Já criei alguns curiós PGC de bom nível, que foram: Murano, Alcatraz, Matrix, Ilustre e Papi, porém não foram para os torneios. Eu como criador, tenho como objetivo fazer um curió PGC “top” de linha de torneios.

Ter um bom curió de torneio é um trabalho que vai muito além do criador, é de fundamental importância o correto manejo até que o pardo atinja a maturidade.

Quanto a esse assunto, considero que nossos representantes, federações e clubes, deveriam fazer registros de todos os nascimentos com suas respectivas genealogias, bem como, todos os registros dos resultados de torneios, para haver um histórico com possibilidade de criação de um índice que demonstrasse o efetivo resultado de cada criador.


CC&T - Como criador regularmente cadastrado no IBAMA, seja amadorista ou comercial, mas preservacionista por excelência, vc tem enfrentado algum tipo de problema no relacionamento com a Autarquia ?

CT - Felizmente nunca tive problema com o IBAMA, mas também sempre mantive todo o meu plantel e documentação em ordem. Quanto às fiscalizações, considero que elas são necessárias.


CC&T - O que pode sugerir para aqueles que estão começando ou pretendendo começar a criar curiós ?

CT - Primeiramente que tenha certeza que realmente gosta da atividade, porque estará lidando com seres vivos e exigirá muita dedicação e tempo.

Segundo, ter bem claro qual é o objetivo pretendido, comercial ou hobby? Para definir o caminho a ser traçado.

Terceiro, ter PLENO conhecimento do canto, para poder avaliar a qualidade de futuro curió a ser adquirido e também para poder participar de discussões sobre o assunto.
Quarto, conhecer criadores experientes e idôneos que possam passar conhecimentos e exemplares de boas linhagens.


CC&T - Quais são as suas últimas palavras que gostaria de dizer para os nossos leitores ?

CT - Agradeço a oportunidade que o amigo Pêcego tem dado aos criadores, para difundir informações e conhecimentos, além de parabenizá-lo por estar fomentando nossa atividade.


Valorizem a oportunidade que o curió nos dá em fazer excelentes amizades, considero esse fator, o melhor de nosso hobby.


Desejo a todos, muita saúde e sucesso em 2010.

Abraços

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

O DIA DA REVANCHE !

O DIA DA REVANCHE OU O DIA DO JUÍZO FINAL

No dia 07 de Fevereiro de 2010, será realizado o 1º Torneio dos Juízes, pela SERCA, no Parque da Mooca – São Paulo.

Somente os Juízes, Juízes Auxiliares, Mesários e Diretor de Canto de Curiós que já atuaram em Campeonatos Brasileiros ou Torneios dos Campeões, poderão apresentar Curiós em estaca.

As apresentações dos Curiós nesse Torneio, serão julgados pelos “puxadores”/proprietários, que também tenham participado de Campeonatos Brasileiros ou Torneios dos Campeões, a serem convidados.

As inscrições serão feitas através do Site Torneios.Org .br

Portanto, agendem essa data. Oportunamente daremos mais notícias.
Fonte: Junichi Yonemura

domingo, 17 de janeiro de 2010

MANEJO PARA TORNEIOS DE CANTO - PARTE 1

Foto: Olívio Nishiura à esquerda, em 2006, entrega na SERCA o cheque a este editor por termos sido com o Curió Maruc os Campeões do Torneio dos Campeões, no Praia Grande Clássico Sem Repetição pela Febraps, depois de uma disputa inédita que teve até desempate com o Curió Mangueira, com nova disputa na estaca, à época, por mais 10' de apresentação de cada.



A preparação de um possível e futuro campeão de canto individual é algo complexo, sempre se levando em consideração o manejo mais adequado, pois sabido que este há várias fases, com suas circunstâncias previstas e imprevistas, por isso mesmo, longe de ter a pretensão de esgotar o assunto neste limitado espaço, pretendemos dividir a rica matéria, colocando inicialmente um, dentre outros, dos aspectos que julgamos importante para a apresentação de seu passeriforme, tendo em vista a proximidade do início dos torneios da temporada 2008/2009, sendo que em outra edição oportuna daremos continuidade ao assunto, mas sempre sem a pretensão de esgotar o tema.

Em se tratando da preparação de um pretenso futuro campeão, sabemos que existem diversos fatores influenciadores, mas em termos de manejo, podemos afirmar que ele começa no berço do criadouro, em seguida, com o adquirente do passeriforme que dando continuidade ao trabalho iniciado pelo criador, maneja o filhote para o encarte e manutenção do canto desejado.

Encartado, passa-se a uma análise inicial por meio de manejos específicos do seu potencial ou não para torneios, visto que há aqueles que cantam maravilhosamente bem em casa, no carro, encapado, no chão etc, mas nos 5’ da estaca do torneio é uma decepção, quando não fica calado olhando para tudo e para todos, para desespero do expositor que muitas vezes, na esperança do seu pássaro se apresentar na estaca, chega a percorrer mais de 1000 km de ida e volta para casa.

Aprovado como um passeriforme de futuro promissor em competições se inicia um outro e grande trabalho para tentar transformá-lo em um campeão, sendo que, nesse ponto, além do manejo para condicioná-lo em cantar nos 5’ (cinco minutos) da estaca do torneio, temos, dentre outros, aquele que diz respeito às viagens exaustivas e estressantes por nossas estradas para participar dos torneios que muitas vezes ocorrem em mais de um Estado da Federação, ou seja, ao próprio transporte que é fundamental para o sucesso do evento pretendido, preservando-se a saúde do passeriforme que deve ser tratado como um verdadeiro atleta.

Dessa forma, por notarmos que são muitos os manejos a serem realizados, assunto por demais vasto que reclama espaço de um pequeno livro para a sua ampla abordagem, nesta edição resolvemos tratar apenas do importante manejo específico do transporte do passeriforme para torneios.

Importante ressaltar para os amigos que não me conhecem, embora tenha pouco tempo de participação em torneios, em especial, no brasileiro que iniciei em 2004, já tivemos a imensurável alegria de ter conquistado os seguintes títulos: Vice-Campeão Brasileiro no Curió Praia Grande Clássico Sem Repetição em 2005 pela Febraps; Campeão dos Campeões em 2005 pela Cobrap; Campeão Brasileiro antecipado, todos na mesma categoria, em 2006, assim como de forma inédita na mesma temporada pela Febraps, Campeão dos Campeões em igual categoria, todos com o Curió MARUC, e na última temporada da Febraps, Campeão Brasileiro, também antecipado, no Praia Grande Pardo Com Repetição com o Curió MURALHA. Registramos que até a última temporada, ao todo, participamos de 71 torneios brasileiros, estaduais e regionais em Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Goiás e em Brasília, rodando na última temporada cerca de 25.000 km de estradas.

Por isso mesmo, julgo importante tratar do transporte de passeriformes para torneios de canto, visto que temos que minimizar o estresse gerado que baixa a imunidade do pássaro, colocando-o mais propício a adquirir doenças, assim como o afeta de tal forma a alterar o seu rendimento na estaca do torneio, chegando muitas vezes a estar desidratado se não tomarmos os cuidados devidos.

De plano, salientamos inicialmente que devemos evitar ao máximo o transporte noturno, salvo se ocorrer antes do amanhecer em pequenas distâncias que classificamos de no máximo 200 km até o local do torneio, possibilitando a ida e volta para o mesmo dia do torneio, e o proprietário não vá viajar no final de semana seguinte para novo torneio, permitindo uma recuperação adequada do passeriforme ao, no mínimo, intercalar os finais de semana.

O ideal é que se pegue a estrada com antecedência, chegando um a dois dias antes do evento, dependendo da distância, iniciando a viagem ao clarear do dia porque não irá transitar, provavelmente, nos horários de maior calor do dia, considerando que os torneios, em regra, ocorrem de setembro a dezembro.

Registramos que, para nós, as gaiolas devem ser encapadas. Embora há aqueles que gostam de capas escuras, penso que as claras são as melhores pela claridade que permite melhor ambientação e, conforme o local do transporte e a posição do veículo na estrada, até mesmo a entrada eventual e parcial de raios solares que são filtrados, hoje em dia, por vidros com insufilme que são os mais recomendados para o transporte de passeriformes.

No que tange ao transporte propriamente dito do passeriforme dentro do veículo automotor, alguns poucos passarinheiros gostam de transportar no porta-malas do carro, o que abomino por completo porque a escuridão irá dominar o ambiente, que com o balançar do carro irá fazer com que o passeriforme se debata na gaiola chegando ao destino totalmente estressado e em péssimas condições de saúde.

Nesse campo temos que pensar em qual local do veículo há menos balanço e/ou trepidação. Temos que encontrar o local ideal que vá fazer com que o passeriforme faça menos esforço com os pés para se segurar no poleiro, ganhando confiança, comodidade e segurança de tal forma que durante a própria viagem, com capa clara, coma regularmente e beba água, mesmo com o veículo em movimento.

Habitualmente os passarinheiros costumam levar os seus passeriformes no banco traseiro do veículo, com a gaiola devidamente encapada e encaixada dentro de um recipiente retangular de madeira semelhante a uma base de caixa com parede lateral de apenas 2 a 3 cm de altura em toda a sua volta, com uma parte mais alta na base, permitindo que a gaiola fique reta no referido assento traseiro.

Essa é uma alternativa viável e boa, mas a experiência hodierna me fez encontrar outra opção, visto que em 2004 quando viajava com o meu filho para o Torneio de Araçatuba/SP da Cobrap, colidi com o meu veículo há mais de 100 km/h, pegando uma S 10 pelo meio que atravessava indevidamente a estrada de um lado para outro, sendo que apesar da perda total do veículo, quando me encontrava hospitalizado no interior de São Paulo com o meu filho, ambos, em perfeito estado em face da gravidade do acidente, tinha um curió meu que estava em um cômodo do hospital cantando, este que estava onde até hoje viajo com os meus curiós, ou seja, no chão atrás do banco do carona, em cima de uma grossa espuma retangular de 3 a 4 cm, sendo que a gaiola piracicaba do mesmo somente empenou, enquanto que o outro curió que levava na mala do veículo morreu com o pescoço quebrado.

Assim, cheguei há conclusão que esse é o melhor local para o transporte de passeriformes que vão para torneios, local em que há menos vibração e balanço do veículo, ficando a gaiola prensada e segura pelo encosto do banco do carona e a base do banco de trás do veículo, em cima de uma grossa espuma, fazendo com que o passeriforme durante a viagem coma normalmente e chegue ao seu destino menos estafado, estressado e, em conseqüência, em melhores condições de saúde para sua apresentação no dia seguinte.

Outra vantagem deste local, é que se pode viajar com o ar condicionado ligado, isso mesmo com ele ligado, tornando nos dias quentes de primavera e verão uma temperatura mais agradável no interior do veículo para todos os ocupantes durante a viagem, inclusive para o passeriforme que não corre o risco de ficar rouco, desde que o ar condicionado seja ligado somente para cima (saída pelo painel), em temperatura amena, e o vidro traseiro do veículo esteja aberto no espaçamento de um dedo indicador, de forma que o vento estará sempre refrescando o motorista e demais ocupantes, mas entrará no automóvel e sairá por cima, no caso, pelas janelas traseiras.

Rouco provavelmente ficará o passeriforme se ele estiver em cima do banco traseiro, entre os assentos dianteiros, e o ar condicionado ligado em temperatura baixa, saindo na altura do painel, ou seja, em sua direção, mesmo que as janelas traseiras estejam abertas como acima indicado.

Realmente, o eventual companheiro que viajar de carona irá meio apertado porque o banco dianteiro estará mais em pé e para frente, permitindo a correta e mais indicada acomodação da gaiola do passeriforme, mas desculpem-me, em se tratando de viagens para torneio, há prioridade está no expositor e seu passeriforme.

Em edição oportuna, daremos continuidade ao tema, sempre sem intenção de enxugá-lo em face da sua complexidade e, repito, limitado espaço de uma revista. Um forte abraço a todos e, até breve !
Fonte: PÊCEGO. Antonio. Revista Passarinheiros & Cia, nº 51, p. 40-41

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

ENTREVISTA CRIADOURO MACALÉ


Olá, estamos de volta, agora entrevistando o nosso amigo Braz Anastácio da Silva, criador comercial que tem o seu criadouro localizado na Rua Shiguetoshi Suzuki, n. 120, Bairro VI Paulista, em Mogi das Cruzes/SP, localizada na Região Metropolitana de São Paulo, localidade que já foi palco de grande etapas do Campeonato Brasileiro e sede dos Torneios dos Campeões em 2005 e 2006.

Braz, criador experiente, já teve várias crias que se destacaram, dentre as quais podemos citar, dentre outros, o Curió Mistura Fina de altíssima repetição (http://www.youtube.com/watch?v=JHxZHLNLjuM) e o Curió Maruc (
http://www.youtube.com/watch?v=8cs6CSmS-j0) que em seu primeiro ano de participação no brasileiro se sagrou Vice-Campeão no Praia Grande Clássico Sem Repetição, com seis pontos atrás do campeão, pela Febraps, e na mesma temporada foi o Campeão dos Campeões da COBRAP. No ano seguinte (2006), conquistou de forma inédita, cumulativamente numa mesma temporada, o Título de Campeão Brasileiro no Praia Grande Clássico Sem Repetição e, na mesma categoria, o de Campeão dos Campeões ao conquistar o título no Torneio dos Campeões. A base da raça desse curió é Miracatu, Shogum e Maravilha por parte de pai, e por parte de mãe é Macalé, Melodia, Monterray e Soberano Velho. Mais recentemente, apresentou um belo pardo no Torneio do Cubivale, nascido em 26/02/2009, da raça Canarinho, Macalé, Monterray e Cara Branca (http://www.youtube.com/watch?v=A-i7bDTf3G4)

Confira abaixo a sua importante entrevista:


CC&T - Quando começou a criar ? Iniciou logo com curiós ou não ? É criador amadorista ou comercial ? Há quanto tempo ?

BRAZ - Quando comecei a criar aos 15 anos, meu pássaro preferido era o Pintassilgo, cruzava com fêmea de canário belga de preferência branca para poder tirar Pintagol, muito bonito e cantador. Fui criador amadorista até 1989, quando dei entrada no meu criador comercial, e em fevereiro de 2000 foi aprovado o meu registro de comercial.



CC&T - Descreva para nós como é a estrutura do seu criadouro/criatório, no que diz respeito a compartimentos da criação, ou seja às suas instalações propriamente ditas ?

BRAZ - A estrutura é simples: São cinco ambientes. O 1º é onde fica as fêmeas e os reprodutores para galar. Depois a fêmea galada é levada para o 2º ambiente, onde bota o ovo e chocá-lo, sendo que depois de três a quatro dias de nascimento, a fêmea é transferida junto com os filhotes para o 3º ambiente e, depois de separados da mãe, os filhotes vão para o 4º ambiente, onde é feita a seleção dos filhotes que apresentam o melhor desenvolvimento de aprendizagem, sendo que estes são levados para o 5º ambiente.


CC&T - O seu plantel é formado por quantas fêmeas e machos ?

BRAZ - São formados por 150 fêmeas e 30 machos.



CC&T - Geneticamente falando, qual a base da raça com que trabalha ?

BRAZ - Canarinho, Bugre, Miracatu, Soberano e outras.


CC&T - A sua criação é voltada exclusivamente ou não para curiós Praia Grande Clássico ?

BRAZ - Minha criação é voltada para a fibra. A fibra vem no sangue e o canto é colocado, mas faço meu trabalho para englobar as duas coisas. Quando não consegue definir o canto clássico, é bem aceito para a fibra.


CC&T - Conte para nós como se dá o seu trabalho de vetorização de canto, englobando a questão de CD, ambiente, falante e o manejo propriamente dito ?


BRAZ - O CD que uso na criação é o do Mistura Fina. Um pássaro que eu criei e ensinei a cantar o Selo Vermelho Alegrette. Toco esse CD que foi gravado ao vivo, com apenas 7 meses de idade. Meu sistema de som também é simples, muitas vezes uso o mesmo falante que vem no aparelho.



CC&T - O desmame vc costuma realizar com que idade do filhote ?

BRAZ - De 28 a 30 dias, para que não tenha problema com a alimentação, forneço bastante semente cozida e farinhada.



CC&T - Quando normalmente vc começa e para de criar a cada temporada ?


BRAZ - Começo em setembro e encerro em março.



CC&T - Nos diga algumas de suas principais fêmeas e galadores, bem como se possível as suas ascendências ?

BRAZ - São as filhas, netas e bisnets do Canarinho, filhas, netas e bisnetas do Pé de Ouro, filhas, netas e bisnetas do Bugrinho. Os principais galadores são: Pé de Ouro que é filho de Miragem e Mimoza, criação do Pinho. Dois filhos do Canarinho e Azinha, criação do Sr. Luiz César de Ourinhos. Um filho do Canarinho e Flor de Liz, também criação do Sr. Luiz César de Ourinhos. Um filhol de Bugre Velho e Benga. Um filho de Encrenca e Mila e quatro netos do Canarinho, criado por mim. O Canarinho é filho de Batutinha x Maracaí. O Bugrinho é filho de Bugre Velho x Xanxere. Tenho também o irmão do Canarinho por parte de pai, que é filho de Batutinha x Paulista 035. A Paulistinha 035 é filha da Paulista 07 x Viola do Padeiro, sendo este filho do Viola do Parmegiano x Maninha, criação do Shoit.



CC&T - Tem algum curió da sua criação que já tenha sido revelação ? Em caso positivo cite para nós o seu nome, genética e eventual conquista ?


BRAZ - Tem sim, inclusive o Maruc de propriedade do Sr. Pêcego que recentemente gravou um CD. O Mistura Fina, hoje de propriedade do Sr. Luiz Fernando, sendo que o mesmo é filho de Zulu. O Moleque Prodígio que foi cedido ao Bebeto (da Seleção Brasileira de Futebol), sendo filho de Cara Branca Filho e mãe filha do Soberano 20 x Cara Branca. Recentemente um pardo cedido ao Sr. Fraga ,chamado Revelação, atualmente com oito meses de idade que é filho de Canarinho Jóia e a mãe Cara Branca (Soberano x Macalé), e outros que não foram apresentados.



CC&T - Como criador regularmente cadastrado no IBAMA, seja amadorista ou comercial, mas preservacionista por excelência, vc tem enfrentado algum tipo de problema no relacionamento com a Autarquia ?

BRAZ - Muitos, o IBAMA só dificulta a criaão de pássaros em ambiente doméstico, não colaborando em nada, e sim com uma ação que visa destruir a categoria, limitando a criação de 50 filhotes para criador amador, além de dificultar a transação de criador amador e comercial.



CC&T - O que pode sugerir para aqueles que estão começando ou pretendendo começar a criar curiós ?


BRAZ - Adquirir as matrizes de pessoas que você conhece e não só o proprietário, e sim o seu plantel. Procure começar 100% dentro das exigências do IBAMA.



CC&T - Quais são as suas últimas palavras que gostaria de dizer para os nossos leitores ?


BRAZ - Hoje desejo a todos os criadores boa sorte, e que sejam sempre otimistas e persistentes, lembrando que a preservação da flora e fauna depende também de nós.



FORTE ABRAÇO ATODOS E FELIZ 2010 !


Braz - (11) 47272802

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

ENTREVISTA CRIADOURO MOGI


Bom dia, estamos de volta, agora entrevistando o Criadouro Mogi (http://www.criadouromogi.weebley.com/) de Mogi Mirim/SP, dos nossos amigos João Francisco Lucon Junior e Luiz Antônio Catini (Baiano), criadouro este que já apresentou no brasileiro, dentre outros, o saudoso Curió Minotauro que era fechador de canto e dotado de uma voz e melodia de excelente qualidade, elogiado por muitos, inclusive por renomados juízes de canto praia grande. Esse município de São Paulo, dista cerca de 60 km de Campinas e 160 km de São Paulo, estando a 632 metros de altitude acima do nível do mar.




CC&T - Quando começou a criar ? Iniciou logo com curiós ou não ? É criador amadorista ou comercial ? Há quanto tempo ?

LB - De forma resumida podemos dizer que o CRIADOURO MOGI nasceu através da união das idéias e ideais de Luiz Antonio Catini (Baiano) e João Francisco Lucon Junior em relação à criação de curiós, na temporada 2004/2005. Luiz Antônio Catini (Baiano) já tinha experiência anterior na criação, propriamente dita, de curiós. Como expositor, Baiano obteve, com seu Curió Garrincha, destaque na extinta Canto Praia Grande Especial. João Francisco Lucon Junior primordialmente dedicou-se ao encarte de canto adquirindo e fazendo parcerias com outros criadores. O CRIADOURO MOGI encontra-se como criadouro amadorista de passeriformes há cinco anos.


CC&T - Descreva para nós como é a estrutura do seu criadouro/criatório, no que diz respeito a compartimentos da criação, ou seja, às suas instalações propriamente ditas?

LB - O CRIADOURO MOGI é composto de três unidades de criação devidamente preparadas e separadas para cada etapa da criação. Chamamos de CRIADOURO MOGI UNIDADE PRIMEIRA ETAPA o local onde são efetuados os rituais de cópula, prostração, choca e nascimento dos ninhentos. Os recém nascidos são anelados aos quatro dias de vida e são encaminhados imediatamente para o CRIADOURO MOGI UNIDADE SEGUNDA ETAPA, para que não sofram influências dos reprodutores em relação ao ensino de canto e são expostos a um arranjo desenvolvido para ensino de canto PGC . O Criadouro Mogi conta com a UNIDADE QUARENTENA, onde são devidamente acomodadas todas as matrizes e reprodutores que não estejam sendo utilizados na criação, ou que estejam em estágio pré ou pós procriação.


CC&T - O seu plantel é formado por quantas fêmeas e machos?

LB - O CRIADOURO MOGI UNIDADE PRIMEIRA ETAPA comporta hoje 20 fêmeas devidamente instaladas em gaiolas criadeiras. Entretanto nosso plantel tem hoje aproximadamente 30 fêmeas que se intercalam entre CRIADOURO MOGI UNIDADE PRIMEIRA ETAPA e CRIADOURO MOGI QUARENTENA. Atualmente o CRIADOURO MOGI conta com 7 potenciais reprodutores, porém apenas 4 estão sendo utilizados.


CC&T - Geneticamente falando, qual a base da raça com que trabalha ?

LB - A linhagem base utilizada no CRIADOURO MOGI é denominada LINHAGEM LISO DO MOGI, devido aos excelentes resultados obtidos com este reprodutor. Inúmeras tentativas foram realizadas visando à determinação da origem desse animal, entretanto não houve grandes êxitos. Notamos que o LISO DO MOGI apresentou resultados positivos com as mais diversas linhagens e por este motivo a diversificação dentro do nosso plantel é regra. Com a introdução dos curiós Resgate do Mogi (Matuto II X 70B) e Fidel do Mogi (Gideão X 14763) pretendemos avaliar os resultados das filhas e netas do LISO DO MOGI. Esperamos, dessa forma, que esse comportamento possa ser exteriorizado também pelos descendentes do LISO DO MOGI. Os primeiros testes foram executados a partir da cruza MINOTOURO (LISO X MÃE DO MINOTAURO ) X PEDRITA gerando o curió
Zorro do Mogi. Esperamos em breve poder avaliar percentuais em relação à aprendizagem dos indivíduos (FILHOS E NETOS) do LISO DO MOGI, para poder afirmar concretamente as potencialidades presentes nesta nova vertente.


CC&T - A sua criação é voltada exclusivamente ou não para curiós Praia Grande Clássico ?

LB - Atualmente a criação é voltada 100% para o PGC. Entretanto há projetos futuros para uma criação MULTI DIALETOS.


CC&T - Conte para nós como se dá o seu trabalho de vetorização de canto, englobando a questão de CD, ambiente, falante e o manejo propriamente dito ?

LB - O aprendizado do canto Praia Grande Clássico nos dias atuais torna-se facilitado devido a todos os recursos tecnológicos presentes na sociedade contemporânea. Porém somente estes recursos, agregados a um plantel de excelente qualidade genética, não são suficientes para garantir o aprendizado dos filhotes.


Por este motivo o CRIADOURO MOGI desenvolveu um arranjo didático para ensino de Canto Praia Grande Clássico, fundamentado em resultados obtidos através de testes efetuados dentro e fora do criadouro. Estes testes foram efetuados durante três anos nos quais os melhores resultados culminaram na elaboração de um arranjo denominado Primeira Etapa, que é apresentado aos filhotes desde o nascimento até o 35º dia de vida.
No CRIADOURO MOGI são utilizados alto-falantes que abrangem as frequências médias, que são as frequências presentes no cantar das aves. Assim, os recursos tecnológicos mais avançados são utilizados no encartamento de canto.


As exposições diárias de instrução de canto são limitadas e efetuadas em horários pré-determinados para um maior aproveitamento no aprendizado do filhote, evitando o estresse causado por instruções desenfreadas durante todo o dia, gerando melhores resultados em relação ao encartamento do Canto Praia Grande Clássico a partir de uma ROTINA pré-estabelecida.


O trabalho de encarte e lapidação tem continuidade fora do CRIADOURO MOGI, quando os animais são transferidos. Este trabalho consiste na orientação e na disponibilização do arranjo didático para que o futuro mantenedor possa dar sequência ao trabalho iniciado nos primeiros dias de vida.


É fundamental que o mantenedor tenha em mente que a formação de um curió de Canto Praia Clássico é um trabalho árduo que exige observação, paciência e sabedoria.


CC&T - O desmame você costuma realizar com que idade do filhote?

LB - Em média o processo de separação é efetuado do 32º ao 35º dia de vida, porém isto não é uma regra, uma vez que as condições de cada filhote devem ser respeitadas a fim de minimizar traumas relacionados à separação.


CC&T - Quando normalmente você começa e para de criar a cada temporada?

LB - Iniciamos a criação em Setembro/Outubro e terminamos nos meses de Janeiro/Fevereiro.


CC&T - Nos diga algumas de suas principais fêmeas e galadores, bem como se possível as suas ascendências ?

LB - As fêmeas são as seguintes:


- ÍNDIA DO MOGI (LISO DO MOGI X MÃE DO MINOTAURO) – irmã própria do Curió Minotauro Vice Campeão Brasileiro PGC C/Repetição 2007 / Campeão dos Campeões PGC S/Repetição 2007 / Quinto Colocado Sem Repetição no Campeonato Brasileiro S/Repetição em 2008 e Quinto Colocado no Torneio dos Campeões C/Repetição em 2008.

-
PEDRITA DO MOGI (DISPARADA FILHO X MÃE DO MINOTAURO) – irmã materna do Curió Minotauro e mãe do Curió Zorro do Mogi PGC, propriedade de João Carlos ComittoAraraquara/SP.


-
OBAMA DO MOGI (LISO DO MOGI X MONALISA DO MOGI) – irmã de ninho do Curió PARDO BARACK, propriedade de José Carlos Bernardinelli, Vice Campeão Brasileiro C/Repetição em 2009 e Terceiro Colocado C/Repetição no Torneio dos Campeões em 2009.

-
DEVASA E RITA DO MOGI (LISO DO MOGI X ASINHA DO MOGI) – irmãs do Curió Napoleão, propriedade de Junior Braguini / São Sebastião do Paraíso e mestre do Criadouro Paraíso.

- XUXINHA DO MOGI (CORINGA DO MORETTI X PRECIOSA DO MORETTI) – irmã dos Curió COLORADO DO MORETTI E PILOTO DO MORETTI.

-
MONALISA DO MOGI (POPÓ X SASHA) – irmã paterna do Curió CHOCOLATE, propriedade de Israel da Costa, Campeão Brasileiro Pardo C/Repetição 2008 e mãe do Curió PARDO BARACK, propriedade de José Carlos Bernardinelli, Vice Campeão Brasileiro C/Repetição em 2009 e Terceiro Colocado C/Repetição no Torneio dos Campeões em 2009.

-
CANJICA DO MOGI – (PATRIOTA DO COPPI X RUBIA DO COPPI) – irmã do Curió DO ANO – Pardo Segundo Colocado C/Repetição no Torneio de Piracicaba em 2008.

-
MORENA DO MOGI - (MINOTOURO DO MOGI X MONALISA DO MOGI ) – irmã materna do Curió Pardo Barack e irmã paterna do Curió PGC Zorro do Mogi.

Atualmente nosso plantel de machos é composto por sete reprodutores sendo cinco deles:

-
LISO DO MOGI (INDEFINIDO X INDEFINIDA) – Pai dos Curiós Minotauro, Barack, Napoleão, Portugal, Platinotauro e tantos outros PGC (veja os vídeos em www.criadouromogi.weebly.com ) .

- MINOTOURO DO MOGI (LISO DO MOGI X MAE DO MINOTAURO) – irmão próprio do Curió Minotauro, pai do Curió Zorro do Mogi.

- CALIFA DO MOGI (LISO DO MOGI X MANDUCA DO MOGI).

- RESGATE DO MOGI – (Matuto II X 70B [Matuto II X 029]).

- FIDEL DO MOGI - (Gideão X 14763).

Durante o período de atividades da criação os reprodutores se intercalam entre o CRIADOURO MOGI UNIDADE PRIMEIRA ETAPA e CRIADOURO MOGI UNIDADE QUARENTENA, evitando assim o desgaste dos mesmos, caso não estejam sendo utilizados no processo de cópula.


CC&T - Tem algum curió da sua criação que já tenha sido revelação ? Em caso positivo cite para nós o seu nome, genética e eventual conquista ?

LB - Curió Pardo Barack
Pai: LISO DO MOGI
MÃE: MONALISA DO MOGI
Proprietário: José Carlos Bernardinelli
Temporada 2009 - Vice Campeão Brasileiro Febraps - Pardo Praia Grande Clásico C/R 2009. Terceiro Colocado no Torneio dos Campeões - Pardo Praia Grande Clássico C/R 2009. Primeiro Colocado nos Mini Torneios de Iracemapolis e Limeira em 2009 na Categoria Pardo Praia Grande Clássico C/R.

Curió Minotauro

Pai: LISO DO MOGI
MAE: MÃE DO MINOTAURO
Proprietário: Luiz Antônio Catini – Baiano
Temporada 2007 - Vice Campeão Brasileiro Febraps - Praia Grande Clássico C/R 2007. Campeão dos Campeões S/R 2007. Temporada 2008 - Quinto Colocado no Campeonato Brasileiro – Febraps – S/R 2008 e Quinto Colocado no Torneio dos Campeões C/R 2008.

Comentário do Sr. Junichi - Juiz da Etapa de Jundiaí sobre a apresentação do MINOTAURO nesse torneio."Qualquer adjetivo que sirva para expressar uma grandiosidade será bem empregado à apresentação desse curió, na manhã do dia 07 de Outubro. Tivemos o privilégio de ouvir e apreciar um grande desempenho como podemos notar:
o Primeira cantada: 6 samaritás
o Segunda cantada: 3 samaritás
o Terceira cantada: 2 samaritás
o Quarta cantada: 4 samaritás
o Quinta cantada: 5 samaritás
o Sexta cantada: 2 samaritás
o Sétima cantada: 8 samaritás, fechando a apresentação.
Tudo isso em 4 minutos de permanência na estaca, com um detalhe muitíssimo importante a ressaltar: arrematou todos os cantos. Sem dúvida foi um grande presente através do qual esse pássaro nos brindou no Torneio de Jundiaí em 2007. Além disso, sua cantoria se caracteriza pela voz, andamento e melodia muito boa."


CC&T - O que pode sugerir para aqueles que estão começando ou pretendendo começar a criar curiós ?

LB - Como qualquer atividade executada em nossas vidas é preciso se preparar de verdade. Pássaros de procedência e estrutura física em geral nunca são esquecidos pelo iniciante na criação. Porém é preciso se preparar tecnicamente através da leitura e troca de informação com outros criadores. Sugiro como leitura inicial os artigos de Gilson Ferreira Barbosa (
CLIQUE AQUI E ACESSE) e o livro AVES – Criação, Clinica, Teoria e Prática – da Médica Veterinária Stella Maris Benez – Editora TECMED.


Outro site interessante para quem tem conhecimento da língua inglesa é o http://www.allaboutbirds.org do Laboratório de Ornitologia de Universidade de Cornell. Aconselhamos também se possível o acompanhamento veterinário do plantel, afinal o Médico Veterinário é o profissional capacitado para orientar o criador sobre todos os problemas relacionados à criação e manutenção de um plantel. A troca de informações com profissionais envolvidos na criação de aves em ambiente doméstico é fundamental para o aprofundamento do criador em relação a todos os aspectos de criação.


Dentro de um criadouro que visa alto desempenho em termos de torneios ou grande produtividade não há espaço para “achismos”. O criador deve ter em mente que é preciso estar preparado para conseguir extrair o melhor do seu plantel.


Ressalto também que a formação do plantel deve ser feita critica e severamente, pois é preciso avaliar e acompanhar resultados obtidos pelo criadouro de onde serão adquiridas as matrizes e reprodutores. Avaliar os resultados durante 2 ou 3 anos para montar um plantel certamente minimizarão o tempo para obter resultados positivos na criação de curiós de canto praia grande clássico.

CC&T - Quais são as últimas palavras que gostaria de dizer para os nossos leitores ?

LB - Agradecemos primeiramente o convite para participar do BLOG CURIÓ CLÁSSICO E TORNEIOS e poder mostrar um pouquinho do nosso trabalho.


Agradeço aos leitores que tiveram paciência para ler todo o conteúdo aqui escrito.


Aproveito a oportunidade e deixo o convite para conhecer o
www.curioonline.com.br e o www.criadouromogi.weebly.com.

Em caso de eventuais dúvidas sobre os modelos utilizados para ensino de canto aqui no CRIADOURO MOGI o email para contato é:
criadouromogi@bol.com.br.

Forte abraço a todos! Um excelente 2010!

João Lucon e Baiano
[19] – 92706779 / 97308115.