quarta-feira, 28 de abril de 2010

ENTREVISTA: CRIATÓRIO CAMBAÚBA


Boa noite, hoje trazemos até vcs a entrevista com o Criatório Cambaúba do Criador Heliano Lemos, localizado em Itajubá/MG que se encontra situada na Serra da Mantiqueira, estando próxima da Rodovia Fernão Dias (60 km) e Via Dutra (65 km), sendo portanto de fácil acesso àquele interessado em conhecer o criatório e a sua cidade do Sul de Minas. Confira abaixo !



CC&T - Quando começou a criar ? Iniciou logo com curiós ou não ? É criador amadorista ou comercial ? Há quanto tempo ?


HL - Comecei a criar em 1997, assim que me aposentei. Iniciei com canários da terra, que era a ave com a qual havia convivido na infância. No final do ano 2000 conheci o curió e passei a criá-los com exclusividade. Sou criador amadorista há aproximadamente dez anos.


CC&T - Descreva para nós como é a estrutura do seu criadouro/criatório, no que diz respeito a compartimentos da criação, ou seja às suas instalações propriamente ditas ?


HL - Os galadores ficam em local que dista aproximadamente um quilometro do criatório. O criatório é composto de quatro partes: no fundo do quintal, em ambiente aberto com cobertura simples, ficam duas estantes de aço da Isma, com prateleiras de 40x90 cm, que comportam cinco gaiolas criadeiras cada e foram teladas para proteção contra os predadores e aves silvestres. O segundo local é um quartinho, ao lado da área de serviço da casa, em um nível de 1,5m inferior ao do quintal, onde ficam os filhotes do quinto dia de vida até a desmama. O terceiro é um local aberto do outro lado da área de serviço onde estão os viveiros para a recria dos filhotes. E o quarto local é a sala de visitas da residência, onde o Pardo que amadureceu é colocado para o encartamento do canto, um de cada vez.


CC&T - O seu plantel é formado por quantas fêmeas e machos ?


HL - Dois galadores e dez fêmeas.


CC&T - Geneticamente falando, qual a base da raça com que trabalha ?


HL - Pavarotti, Curumim, Matuto, Guardião, Xodó, Campeão do Vale, Viajante e Petrolina do Bill de Valinhos e uma fêmea de origem desconhecida.


CC&T - A sua criação é voltada exclusivamente ou não para curiós Praia Grande Clássico ?


HL - Sim, exclusivamente.


CC&T - Conte para nós como se dá o seu trabalho de vetorização de canto, englobando a questão de CD, ambiente, falante e o manejo propriamente dito ?


HL - Os filhotes são retirados da fêmea no quinto dia de vida, anilhados, coletado sangue para sexagem e instalados no quartinho em estufa para trato manual e instruções para vetorização do canto. O CD utilizado é o Ana Dias 3/4/7 cantos, selo ouro-extra tocado em Discman conectado a caixas amplificadas de microcomputador.


CC&T - O desmame vc costuma realizar com que idade do filhote ?


HL - Entre 32 e 35 dias de idade.


CC&T - Quando normalmente vc começa e para de criar a cada temporada ?


HL - De novembro a março.


CC&T - Nos diga algumas de suas principais fêmeas e galadores, bem como se possível as suas ascendências ?


HL - Na temporada 2003/2004 eu criei com o Imperial e a Imperatriz do Alfredo e com o Pavarotti Jr. Gerson, amigos daqui de Itajubá, curiós criados pelo Dimas de Pouso Alegre, e com uma fêmea minha, a Periquita, de origem desconhecida, que formaram a base do meu plantel. O Imperial é Diplomata/Ipanema. O Diplomata é Pavarotti/Dayana e a Ipanema Guardião/Xodó. A Imperatriz é Barão/Dayana I. O Barão é Campeão do Vale Fº/ Dayana e a Dayana I é Pavarotti/Dayana. O Pavarotti Jr. é Pavarotti/Hortência. Da cruza do Imperial com a Periquita tirei na primeira ninhada o Cacique, repetidor, que é um dos galadores do meu plantel. Na segunda ninhada nasceu o Sinuoso, curió clássico, que já participou com destaque no circuito da FEBRAPS no canto clássico sem repetição. Pertence ao meu irmão Douglas de Valinhos. Da cruza do Pavarotti Jr. com a Imperatriz nasceu uma ninhada de três fêmeas: 410, 411 e 412. As três com o Cacique produziram curiós encartados no canto clássico. Um Pardo, o Navajo, que hoje é um dos galadores do meu plantel, participou com destaque de quatro torneios da FEBRAPS em 2005 e ficou em quinto no Campeonato Brasileiro na categoria Pardo com Repetição.


CC&T - Tem algum curió da sua criação que já tenha sido revelação ? Em caso positivo cite para nós o seu nome, genética e eventual conquista ?


HL - O Sinuoso, que é Imperial/Periquita, o Navajo que é Cacique/410, estes participaram de torneios da FEBRAPS com destaque. Cito também o Cheyenne, da cruza Cacique/411, pertencente ao amigo Derly de Parati, que chega a passar 50 cantos.


CC&T - Como criador regularmente cadastrado no IBAMA, seja amadorista ou comercial, mas preservacionista por excelência, vc tem enfrentado algum tipo de problema no relacionamento com a Autarquia ?


HL - Nenhum problema.


CC&T - O que pode sugerir para aqueles que estão começando ou pretendendo começar a criar curiós ?


HL - Creio que se deva começar com apenas um casal, de genéticas que combinadas já deram bons resultados, pois assim terão chance de obter com mais facilidade um resultado positivo já na primeira temporada, principalmente se o macho possuir canto clássico. Se não for clássico, deverá ser afastado do criatório logo que a fêmea inicie a choca, e os filhotes irão ouvir somente o CD. Segundo o Navega, assim foi feito com o Cyborg, curió que todos admiramos.


CC&T - Quais são as suas últimas palavras que gostaria de dizer para os nossos leitores ?


HL - Gostaria de lembrar que o curió não aprende a cantar sozinho. Os Pardos devem ser observados e conduzidos diariamente, até o encartamento do canto. E depois, para que mantenham o canto aprendido.



Heliano Lemos


(35) 3621.1748 / e-mail: helianolemos50@yahoo.com.br

2 comentários:

  1. MAIS UMA BELA ENTREVISTA.
    PARABÉNS HELIANO PELO SEU TRABALHO.
    ABRAÇOS.

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  2. Antonio pêcego parabens por mais uma entrevista.

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