O IBAMA E A SUA ASCOM

Olá, hoje navegando, como regularmente faço em várias páginas virtuais, na do IBAMA consta a seguinte notícia abaixo divulgada pela sua Assessoria de Comunicação Social - ASCOM:

"Homem é preso por utilização de anilhas falsas em aves silvestres

Brasília (19/10/2009) – Ontem (18), a Divisão de Operações Especiais da Polícia Civil, apoiada pelo Ibama e pela Companhia de Polícia do Meio Ambiente da Polícia Militar do Distrito Federal, prendeu um homem que mantinha em cativeiro 115 aves sem autorização do órgão ambiental. Os agentes ambientais federais do Ibama constataram a utilização de anilhas falsificadas em várias aves.

Segundo o coordenador de operações e fiscalização do Ibama, Roberto Cabral, “é importante que todos os criadores de pássaros atentem que o uso de anilhas falsificadas não será tolerado pelo Ibama”. Ele informou também que ações de fiscalização serão intensificadas nesse sentido. O cidadão, que continua detido, foi preso com base no Artigo 296 do Código Penal por falsificação de sinal público, cuja pena varia de dois a seis anos de reclusão.

A multa, aplicada pelo Ibama, foi de R$ 56,5 mil por manter animais da fauna silvestre em cativeiro. O autuado não possuía registro de criador válido. As aves apreendidas foram encaminhadas ao Centro de Triagem de Animais Silvestres do Ibama – Cetas, que funciona na Floresta Nacional de Brasília.

Ascom/Ibama" (Grifo nosso)

Com efeito, não queremos acreditar que o IBAMA seja tendencioso ou tenha idéias pré-concebidas em relação ao criador de passeriformes devidamente registrado no órgão, seja amadorista ou comercial, mas se o atuado nem registro válido de criador tinha, não pode ser considerado criador de pássaros como divulga a nota acima, tornando desnecessária a advertência que joga no mesmo patamar dos meros passarinheiros os criadores sérios e devidamente cadastrados no órgão de defesa do meio ambiente, pois todos nós criadores amadoristas ou comerciais de passeriformes, em parceria com o IBAMA, órgão do governo federal, antes de mais nada, realizamos um trabalho em prol da fauna que se encontra sucateada por ação do próprio homem, por isso, todos nós deveríamos ter uma consideração diferenciada com os criadores regularmente cadastrados para que, ao final, possamos separar realmente o "joio do trigo", pois do jeito que é noticiado parece que todos são farinha do mesmo saco.

Ora, se não fosse por nós, criadores de passeriformes regularmente cadastrados no IBAMA, muitas espécimes extintas ou ameaçadas de extinção não estariam sendo preservadas em prol da fauna nacional.

O passeriforme oriundo na essência da fauna, mas nascido em gaiola ou em ambiente doméstico, não é pássaro silvestre e sim nativo porque não é oriundo das florestas, tendo naturalmente uma visão restrita de sua liberdade, de forma que, solto indevidamente e irresponsavelmente, teria sérias dificuldades de sobrevivência, sendo inclusive uma presa fácil dos predadores em face da sua capacidade limitada de voar, já que o habitat natural desse espécime nascido em ambiente doméstico é a sua gaiola que é o mundo em que nasceu e vive.

Desvio de conduta nós temos em qualquer meio e/ou cargo público ou privado, porque o problema está é no homem, por isso toda a generalização é perigosa e demonstra irresponsabilidade, ainda mais de um órgão federal, porque joga na mesma vala os milhares homens de bem que, alguns com suas famílias, no caso, fazem um trabalho nobre e digno de preservação da nossa fauna, tão sucateada pelo próprio homem que através do tempo realizou caças ilegais, desmatamentos e tráfico de espécimes da nossa fauna e flora.

Assim, agindo desta forma, ou seja, realmente trabalhando com seriedade para separar o "joio do trigo", sem influências de qualquer natureza, queremos crer que o IBAMA estará atuando com o prestígio, credibilidade e a dignidade que merece, fazendo jus a importância e magnitude que o distingue no cenário do meio ambiente nacional como órgão do governo federal.

Até um outro encontro.

O Editor